segunda-feira, 28 de maio de 2012

Higienização das Mãos: Ferramenta de Prevenção!

Por incrível que pareça existem, ainda hoje, muitos profissionais que, além de não reconhecerem a importância da higienização correta das mãos, não a fazem corretamente.
Em laboratório, em minha faculdade, fizemos culturas de germes presentes nas mãos sem lavar, mãos lavadas com sabonete anti-séptico, e higienizadas com PVPI.
Após a inoculação e cultivo das culturas observou-se que, o meio de cultura inoculado com germes de mãos não lavadas apresentou diferentes tipos de bactérias e fungos. 


Resultados abaixo:
NUMERO DO ALUNO
ALUNO
TIPO DE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS
PLACA
1
A
Nenhuma
1
2
B
Sabonete
2
3
C
Sabonete + Álcool 70
3
4
D
Sabonete +PVPI Aquoso
4
5
E
Sabonete + PVPI Alcoólico
5

Os resultados foram obtidos a partir da analise das placas de Petri e da cultura ali desenvolvida após quatro dias do inicio do experimento. Abaixo seguem as imagens com identificação da placa e resultado.
PLACA 1

PLACA 2


PLACA 3

PLACA 4


PLACA 5






Assim, decidi ressaltar a importância desse procedimento.


Na introdução do Manual de Higienização das Mãos em Serviços de Saúde da ANVISA, encontramos o seguinte texto:

"Em 1846, Ignaz Semmelweis, médico húngaro, reportou a redução no número de
mortes maternas por infecção puerperal após a implantação da prática de higienização das mãos em um hospital em Viena. Desde então, esse procedimento tem sido recomendado como medida primária no controle da disseminação de agentes infecciosos.
A legislação brasileira, por meio da Portaria n. 2.616, de 12 de maio de 1998, e da RDC n. 50, de 21 de fevereiro 2002, estabelece, respectivamente, as ações mínimas a serem desenvolvidas com vistas à redução da incidência das infecções relacionadas à assistência à saúde e as normas e projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. 
Esses instrumentos normativos reforçam o papel da higienização das mãos como ação mais importante na prevenção e controle das infecções em serviços de saúde.
Entretanto, apesar das diversas evidências científicas e das disposições legais, nota-se que grande parte dos profissionais de saúde ainda não segue a recomendação de Semmelweis em suas práticas diárias.
A Organização Mundial de Saúde (OMS), por meio da Aliança Mundial para a Segurança do Paciente, também tem dedicado esforços na elaboração de diretrizes e estratégias de implantação de medidas visando à adesão à prática de higienizaçãodas mãos."



Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Higienização das mãos em serviços de saúde/ Agência Nacional de Vigilância Sanitária. 
– Brasília : Anvisa, 2007. p. 9. 


TÉCNICA PARA HIGIENIZAÇÃO CORRETA DAS MÃOS



Para mais informações, leia o manual na íntegra em: http://www.anvisa.gov.br/hotsite/higienizacao_maos/manual_integra.pdf

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Senado aprova venda de medicamentos fora de farmácias II (NÃO a MP549/12)

Encontrei no site da FENAFAR mais um artigo sobre a aprovação da venda de medicamentos em outros estabelecimentos além das farmácias e drogarias:
"O objeto da medida provisória 549/2011, aprovada pelo Senado, é a isenção de impostos para produtos destinados a pessoas com deficiência, mas emendas feitas por parlamentares acabaram por incluir em seu texto, assunto totalmente diverso e que desfere um grave golpe contra a saúde do povo brasileiro: a liberação da venda de medicamentos em qualquer estabelecimento comercial."
O artigo, na íntegra, você encontra em: <http://www.fenafar.org.br/portal/medicamentos/62-medicaments/1510-senado-aprova-venda-de-medicamentos-fora-de-farmacias.html>


terça-feira, 1 de maio de 2012

Senado aprova venda de medicamentos em supermercados e põe saúde da população em risco

Este é o título de um artigo que recebi por email do CFF. Abaixo o artigo na íntegra.




O perigo relacionado à venda de medicamentos em supermercados volta a rondar a população brasileira. O Plenário do Senado acaba de aprovar o Projeto de Lei de conversão 7/2012, decorrente da Medida Provisória (MP) 549/2011, facultando a comercialização de MIPs (Medicamentos Isentos de Prescrição), em supermercados, armazéns, empórios e lojas de conveniência. “Estamos perplexos, diante de um retrocesso tão grande que, certamente, colocará em risco a saúde dos brasileiros”, declarou o Presidente do Conselho Federal de Farmácia (CFF), Walter Jorge João. A sua esperança está no veto presidencial. “Acreditamos no bom senso da Presidenta Dilma Rousseff”, declarou.

A MP 549/11 isenta do pagamento do PIS/Pasep e Cofins 22 produtos destinados a pessoas com deficiência. Quando esteve, na Câmara, a MP ganhou um dispositivo do Deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), autorizando a venda de medicamentos fora das farmácias e drogarias. Naquela Casa legislativa, o texto de Mabel foi rejeitado por 246 votos a 81 e duas abstenções.

No Senado, onde foi votada e aprovada, hoje (25.04.12), às 17h53, a matéria levou a denominação de MP 549-B. A decisão dos senadores, de acordo com o Presidente do CFF, é “perniciosa”. Segundo ele, medicamento não é uma mercadoria qualquer que possa ser oferecida ao público, sem nenhum controle sanitário. “A decisão do Senado é uma indução à automedicação e ao uso irracional desses produtos”, alertou Walter Jorge.

Mas ponderou que os Senadores podem não ter sido bem orientados, ou não tiveram tempo para conhecer a matéria em sua inteireza, vez que a Medida Provisória traz como foco a isenção da carga tributária para produtos dirigidos a pessoas com deficiência, o que, de fato, tem um grande alcance social. “O problema é que, no meio da MP, foi incluída a venda de medicamentos em supermercados, o que eu inclusive considero um aditivo fora de contexto e que, certamente, não foi observado pelos Senadores”, previu Walter Jorge.

A preocupação do Conselho Federal de Farmácia é quanto aos perigos a que será exposta a população. Dr. Walter Jorge observa que o brasileiro já figura entre os povos que mais se automedicam, situação que gera um alto número de intoxicações medicamentosas.

Vender medicamentos isentos de prescrição, em estabelecimentos não identificados com a saúde, fora do controle sanitário e na ausência do farmacêutico, responsável pela orientação sobre o uso correto desses produtos, segundo o dirigente do CFF, só tem uma explicação: atender ao interesse econômico.

Walter Jorge lembra que, há mais de 20 anos, o setor supermercadista vem pressionando o Legislativo e o Governo, com vistas a obter autorização para comercializar medicamentos, com vistas a aumentar a sua margem de lucro. “Será uma farra do interesse em cima da saúde do povo brasileiro, que passará a comprar medicamento a rodo, motivado por campanhas publicitárias do tipo leve três e pague dois. Mas temos uma grande esperança em que a Presidente Dilma Rousseff vete essa aberração, sob pena de o Governo perder o controle no setor de saúde”, advertiu o Presidente do CFF.

Outra advertência de Dr. Walter Jorge dirigida à população é quanto ao “mito” de que medicamentos isentos de prescrição não fazem muito mal. Ele declara: “Não há um único medicamento que não possa provocar reação adversa, em maior ou menor grau.

O Presidente do CFF lembrou, ainda, que o País está discutindo a logística reversa cujo objetivo é descartar corretamente os medicamentos. É uma ação na qual as farmácias têm um papel preponderante, vez que o descarte seria feito pelos usuários dos produtos, nos estabelecimentos farmacêuticos que, por sua vez, promoveriam a destinação final. “Agora, imagine o leitor se uma mercearia vai promover o descarte correto de medicamentos”, ironizou.

Dr. Walter Jorge adiantou que irá procurar as autoridades sanitárias e as lideranças farmacêuticas, com vistas a desencadear medidas urgentes que levem ao veto presidencial. “Todas as autoridades sanitárias, profissionais da saúde e sociedade estarão unidos em favor do veto presidencial, porque o maior interesse a se defender é o da preservação da saúde da população”, previu o Presidente do CFF.



quinta-feira, 26 de abril de 2012

SUS

Muitas pessoas não sabem como surgiu o SUS e nem quais os seus direitos e deveres para com ele.

O SUS foi criado em 1988 pela Constituição Federal e regulamentado pelas Leis nº8080/90 e nº8142/90, com o objetivo de acabar com a desigualdade na assistência à saúde da população, a qual antes do SUS precisava ter carteira assinada ou poder financeiro para ter acesso à assistência à saúde, tornando o atendimento público obrigatório e igualitário a qualquer cidadão. O Sistema constitui um projeto social único que se materializa por meio de ações de promoção, prevenção e assistência à saúde dos brasileiros.
Ou seja, o SUS é conquista da população.

O cidadão tem o direito, e o dever, de participar dos Conselhos Municipais de Saúde a fim de opinar e conquistar melhorias para o sistema. Dentre outros direitos do cidadão perante ao SUS, a Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde (acesse: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/cartilha_ilustrada_direitos_2006.pdf para ler a carta, ilustrada, na íntegra):

1. Todo cidadão tem direito ao acesso ordenado e organizado aos sistemas de saúde2. Todo cidadão tem direito a tratamento adequado e efetivo para seu problema3. Todo cidadão tem direito ao atendimento humanizado, acolhedor e livre de qualquer discriminação4. Todo cidadão tem direito a atendimento que respeite a sua pessoa, seus valores e seus direitos5. Todo cidadão também tem responsabilidades para que seu tratamento aconteça da forma adequada6. Todo cidadão tem direito ao comprometimento dos gestores da saúde para que os princípios anteriores sejam cumpridos.

O Código de Ética da Profissão Farmacêutica


Os Profissionais e muitas empresas têm um código de ética. Este dita os deveres e direitos do profissional e, também, estabelecer os princípios ético-morais pelos quais os profissionais devem seguir e aplicar. São, também, estabelecidas as punições, caso o profissional venha a agir contra o Código.

A Profissão Farmacêutica também tem seu Código de Ética. Ele pode ser lido na íntegra no endereço http://www.cff.org.br/sistemas/geral/revista/pdf/76/08-codigodeetica.pdf. A seguir a apresentação do código pelo Dr. Jaldo de Souza Santos.

"Prezados farmacêuticos e farmacêuticas, 
A globalização e a facilidade dos meios de comunicação de massa cobram um novo perfil do profissional, em todos os segmentos do saber. O exercício de qualquer atividade profissional que enseje conhecimentos técnicos e profissionais, reclamando qualificação adequada, ligada à existência de lei, nesse sentido, implica em conduta ímpar, acima da exegese da legislação.
Sabedor dessa necessidade, o Conselho Federal de Farmácia traz à baila as Resoluções números 417 e 418, todas de 29 de setembro de 2004, que tratam dos novos códigos de Ética e de Processo Ético da Profissão Farmacêutica, no País, revogando as resoluções números 241/93, 290/96 e 259/94, que tratavam da matéria.
Oportuno lembrar que, também, foi editada a Resolução 431, de 17 de fevereiro de 2005, que trata da disposição das infrações e sanções éticas e disciplinares aplicadas aos farmacêuticos, o que torna limitada a ação punitiva nos termos do artigo 30, da Lei Federal número 3.820/60, não vinculando ao interesse subjetivo do aplicador da penalidade, mas definindo a previsão e a gradação da pena aplicada.
A ética farmacêutica mostra-se flagrante reflexão filosófica sobre a moral e a conduta do profissional, não havendo como não ser operada a revisão desse aspecto pelo Conselho Federal de Farmácia, ultimados mais de dez anos de estudos sobre o tema.
O termo ética vem do grego ethos, que originalmente significa morada, ou seja, o habitat dos animais, seja a morada do homem, lugar onde se sente acolhido e abrigado.  A conceituação ética atual reclama reflexões acima da ética, dentre estas a bioética, que tem objeto as pesquisas e os possíveis limites que possam ser impostos à ciência na auto-reflexão da ética.
Feliz o seguinte comentário do Professor Álvaro Valls (“O que é ética”, São Paulo, Brasiliense, 1993, pág. 7): “A ética é daquelas coisas que todo mundo sabe o que são, mas que não são fáceis de explicar, quando alguém pergunta”.
Espero que os novos códigos de Ética e de Processo Ético da Profissão Farmacêutica possam auxiliar, juntamente com a disposição das infrações e sanções éticas e disciplinares aplicáveis, constantes das Resoluções números 417 e 418, de 29.09.2004, e 431, de 17.02.2005, possam auxiliarnos à compreensão do verdadeiro sentido da ética farmacêutica, preservando a identidade da Farmácia, que é uma das profissões antigas do mundo, conforme atesta a história universal."

Jaldo de Souza Santos
Presidente do Conselho Federal de Farmácia

Curso de Farmácia

Escolheu ser um Farmacêutico ou Farmacêutica? Está em dúvida? Leia a matéria do Guia do Estudante, abaixo, e decida-se. :)

Farmácia
Bacharelado

É o estudo da composição e dos processos produtivos de medicamentos, cosméticos e alimentos industrializados. O farmacêutico pesquisa e prepara medicamentos, cosméticos e produtos de higiene pessoal, examina e testa substâncias e princípios ativos que entram em sua composição e observa as reações provocadas no organismo. Registra novas drogas, distribui e comercializa os produtos e verifica se chegam ao consumidor dentro das normas sanitárias. Em laboratórios de análises clínicas, pesquisa, registra e realiza exames clínico-laboratoriais e toxicológicos para auxílio do diagnóstico e acompanhamento de doenças. Em farmácias, distribui medicamentos e prepara fórmulas personalizadas. Na indústria alimentícia, controla a qualidade das matérias-primas e do produto final, estudando e estabelecendo métodos para evitar e detectar adulterações e falsificações, a fim de impedir danos à saúde pública.

O mercado de trabalho

As oportunidades de trabalho para o farmacêutico têm se ampliado. Além dos tradicionais postos em indústrias de medicamentos e insumos farmacêuticos, que absorvem boa parte dos profissionais formados, as farmácias e drogarias em todo o país continuam contratando para cumprir a exigência de ter ao menos um farmacêutico em seu quadro. O Brasil é o país com o maior número desses estabelecimentos no mundo - são 79.010 farmácias e drogarias, segundo o Conselho Federal de Farmácia. Nas indústrias farmacêuticas, o profissional pode atuar na área administrativa e lidar, por exemplo, com o registro de medicamentos e a farmacovigilância, além das áreas técnicas, produtivas, de pesquisa e desenvolvimento. Crescem as oportunidades também na indústria cosmética e na manipulação em farmácias especializadas. Ainda no ambiente corporativo, o farmacêutico encontra trabalho nas indústrias químicas, de alimentos e de biotecnologia. Nesses casos, as vagas concentram-se mais em São Paulo, mas há oportunidades no Rio de Janeiro e em Minas Gerais. Na Região Norte, demandam profissionais as empresas de fitoterápicos (medicamentos à base de plantas). Já no Nordeste, existem polos industriais nos segmentos de alimentos e medicamentos. "As farmácias de hospitais do setor público antes tinham apenas um farmacêutico. Agora, além de ampliarem as equipes, elas estão aperfeiçoando o trabalho e são um campo interessante de atuação", diz Guacira Corrêa de Matos, coordenadora da graduação da UFRJ. Clínicas e hospitais de atendimento a pacientes com câncer contratam o profissional para administrar os medicamentos de quimioterapia. Ainda no setor público, há concursos para atuar nas equipes do Programa de Saúde da Família e nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA).


Salário inicial: R$ 1.410,00 (em hospitais, laboratório de análises clínicas e clínicas de saúde); R$ 1.685,00 (em farmácias, drogarias, etc.); fonte: Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo.

O curso

As matérias das áreas de biologia, física e química acompanham o aluno durante todo o curso. Nos três primeiros anos, você estuda química orgânica, inorgânica, analítica, parasitologia, microbiologia, imunologia e anatomia. Entre as disciplinas profissionalizantes estão fisiopatologia, toxicologia, análise e controle de qualidade, química farmacêutica, farmacologia, tecnologia farmacêutica e de cosméticos. As aulas práticas, em laboratório, ocupam grande parte da carga horária. O estágio é obrigatório, assim como o trabalho de conclusão de curso. Fique de olho: Algumas instituições oferecem o curso de Farmácia e Bioquímica.

Duração média: cinco anos.

Outros nomes: Ciên. Farm.; Ciên. Quím. e Farm.; Farm. e Bioquím.; Farm.-Bioquím.


O que você pode fazer

Análises clínicas e toxicológicas

Analisar material biológico, como sangue, fezes e urina, para detectar doenças provocadas por agentes infecciosos, alimentos, produtos químicos ou drogas.

Atenção farmacêutica

Orientar pacientes em drogarias, laboratórios e indústrias farmacêuticas que mantêm ativo o Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC).

Área ambiental

Controlar a qualidade da água, do solo e do ar em determinadas regiões.

Biologia molecular

Pesquisar e realizar análises laboratoriais envolvendo técnicas de biologia molecular para diversos exames, como o de paternidade.

Cosmetologia

Formular cosméticos e produtos de higiene em indústrias e farmácias de manipulação. Atuar no controle de qualidade desses produtos.

Farmácia clínica

Acompanhar pacientes internados e submetidos a tratamentos longos. Assessorar médicos e enfermeiros.

Farmacovigilância

Analisar medicamentos e cosméticos para saber se estão cumprindo o que prometem e se atendem às necessidades dos consumidores.

Medicamentos

Pesquisar e testar princípios ativos e a aplicação de novas drogas nas indústrias farmacêuticas.

Pesquisa clínica

Observação clínica de pacientes que recebem medicamentos novos no mercado.

Vendas

Comercializar medicamentos em drogarias e vender para hospitais e postos de saúde. Preparar remédios individualizados, conforme prescrição médica.

Vigilância sanitária

Analisar e controlar produtos industrializados, sejam eles medicamentos ou cosméticos, insumos para laboratórios ou alimentos frescos ou em conserva.




Fonte: Guia do Estudante - http://guiadoestudante.abril.com.br/profissoes/saude/farmacia-601797.shtml

Denuncie!

O CRF-SP conta com fiscais que tem por objetivo a fiscalização do exercício profissional do farmacêutico em todos os campos de atuação, sejam eles privativos ou não. Esse processo de fiscalização permite que a profissão seja exercida de modo correto, sem que hajam danos de quaisquer espécie ao profissional e as pessoas que desfrutam de seu serviço.


"A fiscalização do exercício profissional atua de maneira orientativa junto ao farmacêutico, autua os estabelecimentos que estão em funcionamento sem a presença do farmacêutico responsável técnico, encaminha os profissionais envolvidos em irregularidades para avaliação de sua conduta ética e quando identifica problemas que não sejam de sua competência, encaminha para outras autoridades a fim de que sejam adotadas as providências cabíveis (vigilâncias sanitárias, delegacias de polícia, etc).
A fiscalização do CRF-SP é exercida exclusivamente por farmacêuticos aprovados em processo seletivo e sua equipe é composta de 37 farmacêuticos fiscais que atuam em todo o Estado de São Paulo. Em média são realizadas 6.000 inspeções mensalmente, sendo que  no ano de 2010 foram realizadas 71.777 inspeções.
A fiscalização do CRF-SP atua de forma a garantir o direito legal da população de ser atendida pelo farmacêutico, profissional de nível superior, capacitado a orientar sobre o correto uso dos medicamentos."
 
CRF-SP

"Ao necessitar dos serviços de uma farmácia ou drogaria, solicite sempre ser atendido por um farmacêutico. É seu direito receber a orientação correta quanto ao uso dos medicamentos.De acordo com a Lei Federal nº 5991 de 17/12/1973 a farmácia e a drogaria devem manter farmacêuticos presentes durante todo o seu horário de funcionamento para atendimento aos usuários.Caso seu direito não esteja sendo respeitado, DENUNCIE.O CRF-SP possui um canal direto para atender às denúncias que envolvem profissionais e estabelecimentos farmacêuticos e que comprometam e coloquem em risco a saúde da população.Qualquer pessoa pode denunciar. O sigilo é sempre resguardado.A denúncia é sempre apurada, desde que possua informações suficientes para identificar as irregularidades e envolva fatos cuja apuração é de competência do CRF - SP.Quando os fatos denunciados tratam de irregularidades sanitárias ou outras, as denúncias são encaminhadas para os órgãos responsáveis por sua apuração. Para denunciar, encaminhe uma correspondência para o Departamento de Fiscalização do CRF-SP (Rua Capote Valente nº 487 - Jd. América - São Paulo -SP - CEP: 05409-001), ou protocole junto a um dos atendimentos da sede ou das 25 seccionais distribuídas pelo Estado, ou ainda envie um e-mail para denuncia@crfsp.org.br. Os documentos encaminhados para apuração de denúncias devem ser sempre originais.No ano de 2011 foram apuradas 955 denúncias, envolvendo 1782 estabelecimentos."
CRF-SP 

O CRF – SP disponibiliza ainda o serviço 0800 para o recebimento das denúncias: 
0800 77 02 273  

Farmácia: estabelecimento de SAÚDE

Em 2006 o CRF-SP lançou a campanha "FARMÁCIA ESTABELECIMENTO DE SAÚDE". Leia mais a seguir:

Farmácia Estabelecimento de Saúde
 
A visão mercantilista e a caracterização da farmácia como estabelecimento comercial e do medicamento como um bem de consumo, desvinculados do processo de atenção a saúde, observada em estabelecimentos privados, levou o CRF-SP e outras entidades do país a instituir em Janeiro de 2006 a “Campanha Farmácia Estabelecimento de Saúde”.
O “Projeto Farmácia Estabelecimento de Saúde”, iniciativa do CRF-SP, tem como finalidade reorientar os estabelecimentos farmacêuticos, tornando-os capazes de atuar verdadeiramente como estabelecimentos de saúde e de auxiliar o Estado na implementação de diversas políticas de orientação, prevenção e recuperação da saúde dos cidadãos.
Para definir as estratégias de ação desse Projeto foi constituído, em Maio de 2008, o “Grupo Farmácia Estabelecimento de Saúde”, composto por Conselheiros, Diretores, Coordenação da Comissão Assessora de Farmácia e funcionários do CRF-SP. Atualmente, o Grupo é coordenado pelo dr. Antônio Geraldo Ribeiro dos Santos Júnior (conselheiro do CRF-SP).

 

Fármaco, Medicamento, Droga ou Remédio?

Frequentemente nos deparamos com as seguinte dúvidas: serão as drogas, os medicamentos, os fármacos e os remédios, a mesma coisa? E farmácia e drogaria? São eles sinônimos?

Para sanar essas dúvidas, trago a vocês a definição de cada um dos termos que nos confunde, muitas vezes.

  • Fármaco: substância que tem sua estrutura química conhecida e tem a propriedade de modificar uma função fisiológica já existente;
  • Medicamento: produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico. Todo medicamento é um fármaco, mas nem todo fármaco é um medicamento;
  • Droga: substância que modifica a função fisiológica com ou sem intenção benéfica;
  • Remédio: substância animal, vegetal, mineral ou sintética e procedimento (ginástica, massagem, acupuntura, banhos); fé ou crença; influência: usados com intenção benéfica, que promove bem-estar ao paciente;
  • Placebo: é uma substância inócua, quer dizer, sem propriedades terapêuticas, que, apesar disto, leva a mudanças e melhoras nos doentes que acreditam que dita substância possui capacidade de cura. A sustância em questão pode ser água colorida ou cápsulas recheadas com farinha, ou até mesmo um medicamento cuja função não se encaixa no quadro clínico, por exemplo, AAS para cólicas menstruais. O importante é que o paciente acredite na eficácia do remédio, visto que é sua mente que desencadeia o processo curativo;
  • Farmácia: estabelecimento de manipulação de fórmulas magistrais e oficinais, de comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, compreendendo o de dispensação e o de atendimento privativo de unidade hospitalar ou de qualquer outra equivalente de assistência médica;
  • Drogaria: estabelecimento de dispensação e comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos em suas embalagens originais. 

Fontes: ANVISA: http://www.anvisa.gov.br/medicamentos/conceito.htm#1.10

Farmacologia: http://www.portaleducacao.com.br/enfermagem/artigos/681/farmacologia-conceitos-basicos

quarta-feira, 25 de abril de 2012

A Assistência Farmacêutica

A Assistência Farmacêutica não é atividade privativa do farmacêutico, porém, este profissional é indispensável para que o ciclo da AF seja bem executado.

A AF reúno várias ações que têm como objetivo a promoção, prevenção e a recuperação da saúde da população, sempre tendo em foco a o acesso aos medicamentos e seu uso racional.

Usar um medicamento de forma racional envolve várias etapas, entre elas o diagnóstico feito por um médico devidamente habilitado, a prescrição médica do medicamento correto em dose correta, horários corretos e tempo de tratamento pré-estabelecido. Além destes passos, é imprescindível a presença do farmacêutico no ato da dispensação, pois este é o profissional devidamente instruído para informar ao paciente sobre o medicamento prescrito e seu uso correto. Assim, evita-se a auto-medicação e se consegue maior eficácia no tratamento.




Fonte Imagem: http://portalteses.icict.fiocruz.br/transf.phpscript=thes_chap&id=00004302&lng=pt&nrm=iso





O Farmacêutico 7 Estrelas

A OMS criou e publicou em 2006 um manual chamado "Developing Pharmacy Practice" (O Desenvolvimento da Prática Farmacêutica), o qual procurou definir o perfil do farmacêutico para que este obtivesse excelência em seu serviço. Essa combinação recebeu o nome de Farmacêutico 7 Estrelas.

A seguir, parte da publicação da OMS:

"1.7.3 The seven-star pharmacist
To be effective health care team members, pharmacists need skills and attitudes enabling them to assume many different functions. The concept of the “seven-star pharmacist” was introduced by WHO and taken up by FIP in 2000 in its policy statement on Good Pharmacy Education Practice to cover these roles: caregiver, decision-maker, communicator, manager, life-long learner, teacher and leader.For the purposes of this handbook we have added the function of the pharmacist as a researcher.The roles of the pharmacist are described below and include the following functions: 
  • Caregiver: Pharmacists provide caring services. They must view their practice as integrated and continuous with those of the health care system and other health professionals. Services must be of the highest quality. 
  • Decision-maker: The appropriate, efficacious, safe and cost-effective use of resources (e.g., personnel, medicines, chemicals, equipment, procedures, practices) should be the foundation of the pharmacist’s work. At the local and national levels, pharmacists play a role in setting medicines policy. Achieving this goal requires the ability to evaluate, synthesize data and information and decide upon the most appropriate course of action. 
  • Communicator: The pharmacist is in an ideal position to provide a link between prescriber and patient, and to communicate information on health and medicines to the public. He or she must be knowledgeable and confident while interacting with other health professionals and the public. Communication involves verbal, non-verbal, listening and writing skills.
  • Manager: Pharmacists must be able to manage resources (human, physical and financial) and information effectively; they must also be comfortable being managed by others, whether by an employer or the manager/leader of a health care team. More and more, information and its related technology will provide challenges as pharmacists assume greater responsibility for sharing information about medicines and related products and ensuring their quality. 
  • Life-long-learner: It is impossible to acquire in pharmacy school all the knowledge and experience needed to pursue a life-long career as a pharmacist. The concepts, principles and commitment to life-long learning must begin while attending pharmacy school and must be supported throughout the pharmacist’s career. Pharmacists should learn how to keep their knowledge and skills up to date. 
  • Teacher: The pharmacist has a responsibility to assist with the education and training of future generations of pharmacists and the public. Participating as a teacher not only imparts knowledge to others, it offers an opportunity for the practitioner to gain new knowledge and to fine-tune existing skills. 
  • Leader: In multidisciplinary (e.g., team) caring situations or in areas where other health care providers are in short supply or non-existent the pharmacist is obligated to assume a leadership position in the overall welfare of the patient and the community. Leadership involves compassion and empathy as well as vision and the ability to make decisions, communicate, and manage effectively. A pharmacist whose leadership role is to be recognized must have vision and the ability to lead.
And the added function of: 
  • Researcher: The pharmacist must be able to use the evidence base (e.g., scientific, pharmacy practice, health system) effectively in order to advise on the rational use of medicines in the health care team. By sharing and documenting experiences, the pharmacist can also contribute to the evidence base with the goal of optimizing patient care and outcomes. As a researcher, the pharmacist is able to increase the accessibility of unbiased health and medicines-related information to the public and other health care professionals."

O Símbolo da Farmácia



Muitas pessoas sabem que o símbolo da farmácia é composto pela taça e pela serpente. Mas muitas pessoas não sabem o que isto significa. O símbolo foi criado na Antigüidade, e significa o poder (serpente) e a cura (taça).

A História da Farmácia



Olá, pessoal! Antes de começar a falar de farmácia, por que não conhecermos um pouco da história da profissão? O CRF-SP disponibiliza, através do link http://www.crfsp.org.br/historia-da-farmacia-.html uma breve história, parte da qual irei publicar aqui.

A Farmácia a partir do Século XX

Durante a 1ª Guerra Mundial (1914 - 1919), desenvolve-se a terapia antimicrobiana com avanços significativos em quimioterapia, antibioticoterapia e imunoterapia. E no período da 2ª Guerra Mundial (1939 - 1945), começaram as pesquisas sobre guerra química que resultaram no descobrimento dos primeiros anti-neoplásicos.A industrialização em ritmo crescente torna o fármaco um produto industrial, aliado as mudanças da sociedade de consumo e, ainda, objeto de interesses econômicos e políticos. Como consequência, são feitos enormes investimentos publicitários que atribuem ao medicamento a solução para todos os problemas.A sociedade a partir de 1950 começa a dispor dos serviços das farmácias e da qualificação do farmacêutico.



Fonte: CRF-SP